Profissional quis cobrar Messi e acabou demitido pelo próprio presidente da Argentina

Após a conquista emocionante da Copa América, uma comemoração deveria ser apenas um momento de alegria e orgulho nacional. No entanto, o episódio na Argentina foi marcado por uma controvérsia que transcendeu o campo esportivo. Durante a celebração, alguns jogadores da seleção argentina entoaram uma música considerada xenofóbica e racista contra atletas franceses, despertando uma série de reações adversas.

A música, que havia sido cantada anteriormente por torcedores durante a Copa do Mundo de 2022 no Catar, foi ouvida novamente em uma transmissão ao vivo feita por Enzo Fernández, meia da seleção. Apesar da vitória, as letras da música focavam em estereótipos negativos e incluíam conteúdo ofensivo, levantando debates sobre racismo e xenofobia no esporte.

Qual foi a reação das autoridades e do público?

As consequências da atitude dos jogadores não tardaram. O então subsecretário Julio Garro expressou que Lionel Messi, por ser o capitão da equipe, junto ao presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, deveriam emitir um pedido formal de desculpas. Essa demanda, contudo, foi seguida pela revogação de Garro, mostrando a divisão de opiniões e a tensão gerada pelo incidente.

Em uma resposta um tanto quanto defensiva, a vice-presidente da Argentina, Victoria Villarruel, se expressou nas redes sociais apoiando a “música de campo” cantada pelos jogadores, alegando que ela revelava “verdades” que os europeus se recusam a admitir. Essa declaração foi seguida de críticas à postura de países julgados como colonialistas.

Demissão e Apoio Familiar a Enzo Fernández

A polêmica chegou a um ponto culminante com a demissão de Julio Garro do cargo de Subsecretário de Esportes da Nação, uma decisão anunciada pelo gabinete do presidente Milei, enfatizando que o governo não deveria ditar normas de conduta para a seleção nacional.

Do lado pessoal, Enzo Fernández encontrou apoio em sua família. Seu pai, Raúl Fernández, defendeu o filho publicamente, argumentando que o futebol tem suas peculiaridades culturais que podem ser mal interpretadas por estrangeiros. Ele lembrou de diversas ocasiões em que a Argentina foi alvo de provocações, mas nunca considerou isso como um ato de discriminação.

Não resta dúvida de que este episódio trouxe à tona questões sensíveis relacionadas ao esporte e sua intersecção com questões culturais mais amplas. Espera-se que esse tipo de incidente conduza a reflexões mais profundas e ao fortalecimento de diretrizes contra racismo e xenofobia no mundo do futebol.

Comentários estão fechados.