Corinthians chama Cuiabá para buscar acordo de dívida por Raniele

No indo da atual temporada, o departamento de futebol do Corinthians fechou a contratação de Raniele junto ao Cuiabá. Na ocasião, o alvinegro se comprometeu a desembolsar 2,5 milhões de euros (R$ 15 milhões na cotação atual) por 60% dos direitos econômicos do jogador. Com o atraso das parcelas, o Dourado entrou na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF exigindo o pagamento de cerca de R$ 11 milhões. 

De modo geral, o Corinthians não depositou na conta do clube mato-grossense a segunda parcela referente a 400 mil euros (R$ 2,4 milhões), que venceu em 31 de julho. Sendo assim, seguindo as cláusulas contratuais, o Doirado cobra o valor integral do acordo, além de multa em caso de inadimplência. Para não adentrar na esfera judicial, o Time do Povo entrou em contato com o rival nesta quinta-feira (15).

Em resumo, Pedro Silveira, diretor financeiro do Corinthians, encurtou o diálogo entre os dois clubes, deixando em aberta a possibilidade de sanar as dívidas referentes à compra por Raniele. Com a política da boa vizinhança encerrada após perder António Oliveira para o Timão, o Cuiabá não deseja reduzir as cifras ou aumentar o prazo para o depósito. 

“O Corinthians adquiriu 60% dos direitos econômicos por 2,5 milhões de euros pagos em quatro parcelas: três com vencimento no ano de 2024 e a última parcela em 2025. O contrato prevê uma cláusula adicional, caso o atleta atue em 60% das partidas em 2024 ou 2025 estipulado no valor de 500 mil euros por mais 10% dos direitos econômicos”, explicou o alvinegro no ato da contratação. 

Cuiabá trava guerra com o Corinthians 

Em entrevista cedida ao UOL, o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, falou sobre a forma como o alvinegro paulista tem levado a situação. Revoltado com a forma como o Dourado foi tratado, o mandatário afirmou que não pretende ceder aos caprichos do Corinthians, além de pedir punições sérias aos demais clubes. 

 “Por mais que o prazo seja longo para resoluções (na CNRD), não podemos ficar parados diante da situação. É algo gravíssimo. O Corinthians contrata um jogador de um rival do mesmo campeonato, usa, usufrui do seu futebol e não paga por ele. É um processo que o Corinthians e outros clubes fazem. Contratam, devem e depois ganham tempo na Justiça. O futebol brasileiro precisa mudar. Precisamos ser mais responsáveis. O Cuiabá honra seus deveres, os outros também tem que honrar e respeitar. Hoje é com o Corinthians, mas acontece toda a hora e nada muda”, explicou ele.

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