Corinthians é um dos 11 times que aderiram à “moda” milionária do futebol brasileiro

Depois do acordo do Santos com a empresa de capitalização Viva Sorte, o futebol brasileiro chegou a 11 negócios de ‘naming rights‘ fechados. Como parte deste montante, o do Corinthians é um dos mais antigos do futebol nacional, sendo o terceiro a ser acertado, em 2020, somente depois dos feitos por Palmeiras e Atlético-MG (este, antes mesmo da construção de seu estádio).

Vale lembrar que a política dos naming rights chegaram aos estádios brasileiros ainda em 2005, quando o Athletico Paranaense fechou com a Kyocera para dar nome a então ‘Arena da Baixada’. A consolidação deste mercado, porém, só aconteceu depois da Copa do Mundo de 2014, disputada justamente no Brasil, que impulsionou a construção de novas arenas.

Corinthians sofreu com ‘Itaquerão’, mas deu a volta por cima com ‘Neo Química Arena’

“Eu espero que ninguém nem apelide o estádio, porque isso vale muito dinheiro para o Flamengo. O nome do estádio vai depender das negociações que a gente vai fazer a partir de agora. O nome oficial provavelmente será negociado com uma grande empresa ou um grande fundo interessado que possa aportar recursos para nos ajudar a construir o estádio”, disse Rodolfo Landim, mandatário rubro-negro.

O Corinthians sofreu justamente com isso, antes de emplacar o acordo com a Neo Química Arena – e também com a detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, principalmente, sobre citar os patrocinadores dos estádios durante as partidas. O negócio com a farmacêutica Hypera Pharma custará um total de R$ 300 milhões aos cofres da companhia, com validade de 20 anos.

“Itaquerão, Engenhão, Mineirão, Arena da Baixada, Mangueirão, entre outros, exemplificam a cultura da torcida brasileira de apelidar estádios e que muitas vezes tais referências acabam sendo adotadas pela mídia especializada, criando assim um batismo natural que sem dúvida se torna um obstáculo para comercialização de naming rights, já que a marca interessada já começa com o desafio de rebatizar e não batizar o equipamento”, acrescentou Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

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