Corinthians define nova estratégia para pagar a Neo Química Arena

Que a dívida do Corinthians para quitar a Neo Química Arena assusta, todo mundo já sabe. Afinal, dos R$ 2,3 bilhões que o clube deve, no total, R$ 710 milhões são do estádio alvinegro. E depois de ter sua proposta de amortização negada por parte da Caixa – impossibilitado de utilizar os valores dos naming rights da arena para tal -, o alvinegro planeja resgatar um projeto da antiga administração.

Elaborado por Duílio, plano visa a vender cotas da Neo Química Arena para quitar dívida do estádio do Timão. A ideia da atual diretoria, inclusive, é começar a colocar isso em prática ainda neste ano, mantendo a maioria e o controle do estádio, mas vendendo uma parte das cotas para investidores – que, é claro, receberiam dividendos, algo semelhante ao que ocorre com fundos imobiliários.

Com dificuldade para quitar estádio, Corinthians parte para plano da antiga gestão

De acordo com o portal ‘Lance!’, esses rendimentos pagos aos detentores das cotas ‘virão das receitas da Arena, como venda de ingressos, aluguel de espaços comerciais e eventos’. Além disso, o clube do Parque São Jorge está apoiando sua principal torcida organizada, a Gaviões da Fiel, que está planejando uma conta Pix em parceria com a Caixa Econômica Federal para ajudar a quitar a dívida com o banco.

Vale lembrar que o Timão fez uma proposta de amortização à Caixa, que foi negada, envolvendo o pagamento de pouco mais de R$ 531 milhões para saldar os débitos do estádio – oferecendo R$ 356 milhões do acordo com a Hypera Pharma, pelos naming rights da arena, e pagando os demais R$ 175 milhões com desconto de 90% em dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no futuro.

Ainda segundo a reportagem, o principal problema, aqui, foi o fato de o Corinthians ter sido impossibilidade de utilizar o dinheiro dos naming rights, pois o mesmo pertence ao Arena Fundo de Investimento Imobiliário (responsável, justamente, pelo pagamento do estádio). E, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tais recursos não poderiam ser utilizados com esse fim.

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