Com a forte chegada das SAFs – Sociedades Anônimas do Futebol – no Brasil, a discussão sobre a implementação do chamado ‘Fair Play Financeiro’ ganhou força. Impulsionadas pelos questionamentos do atual presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, logo após a sequência de contratações de Botafogo e Bahia na última janela de transferências, tais medidas ainda devem demorar a vingar no país.
De acordo com o ‘Globo Esporte’, a discussão ainda é embrionária, embora tenha se iniciado na Comissão Nacional de Clubes, em reunião realizada na última segunda-feira (02), na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Os clubes ficaram de marcar uma nova reunião, sem data prevista, para tentar avançar no modelo de implementação. A medida visa manter a competitividade entre as equipes, e o ‘fim’ da inadimplência no futebol nacional.
Discussão ganha repercussão após pronunciamento do Flamengo, mas não deve avançar em 2024
É importante lembrar que, apesar da importância de tal discussão, a Confederação Brasileira de Futebol contratou o economista Cesar Grafietti há alguns anos, justamente para desenhar um modelo de Fair Play Financeiro para ser implantado no Brasil. O problema é que o profissional entregou um projeto, mas a entidade nunca o tirou do papel. Agora, até por isso, clubes sofrem com a demora na implementação de certas medidas.
“Acho que só neste ano eles já investiram 75 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões), ou seja, aproximadamente o número que você apresentou como sendo desde 2021. Isso para um clube que teve um faturamento de R$ 322 milhões no ano passado. Sejam bem-vindos aos tempos de SAF sem fair play financeiro”, escreveu Landim, presidente rubro-negro.
Ainda segundo a reportagem escrita pelos jornalistas Marcello Neves e Thiago Ferri, do ‘Globo Esporte’, participaram do encontro representantes de: Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Flamengo e Palmeiras, em nome dos 60 clubes das Série A, B e C. Além deles, dois representantes da Série B e um da Série C também estiveram no encontro.
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