Pivô de crise no Corinthians se complica ainda mais após determinação da Justiça

A novela envolvendo a quebra de contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet ganhou novos capítulos dramáticos nesta segundas (24). O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner determinou a apreensão de aparelhos telefônicos de Alex Fernando André, o Alex Cassundé. O empresário em questão é o responsável por ter intermediado conversas entre Timão e a ex-patrocinadora master. 

Pregando cautela nas investigações, a Polícia Civil de São Paulo acredita na possibilidade de ter o Corinthians envolvido em lavagem de dinheiro em relação a comissões pagas para empresas de fachada. Um dos motivos principais para os investigadores deterem os aparelhos celulares de  Cassundé está nas altas movimentáveis de dinheiro em espécie.

Potencializando ainda mais a existência de um “laranja”, a Polícia Civil acredita que a Neoway,  suposta empresa de fachada, teria recebido mais de R$ 1 milhão após a assinatura entre Corinthians e Vai de Bet. Em continuidade, os investigadores identificaram outras três empresas com características de “fachada”, todas atreladas à intermediadora.

“Tem um contato entre eles, lógico. Existe um contato. O que eu vou esclarecer depois, via inquérito ou via imprensa pra vocês, é como essa operação se deu e por que ela se deu”, disse o advogado de Cassundé, Cláudio Salgado. 

Corinthians e as investigações internas 

Com sua gestão sendo investigada após se manter omisso ao esquema de desvio de dinheiro, o presidente Augusto Melo assumiu a responsabilidade de ter escolhido mal os representantes do Corinthians. Em entrevista coletiva, o dirigente afirmou que medidas estão sendo tomadas nos bastidores alvinegros.

“Esses caras querem destruir o Corinthians para vender o clube. Vamos resistir até o final. Foi culpa minha foi botar traidores aqui para dentro. Eu errei e corrigi. Tínhamos uma composição política que acabou, agora nós temos a caneta. Se eu errar, daqui para frente, eu erro pela minha caneta. Vai ter uma revolução aqui dentro, vai pra rua quem tem que ir”, disse o mandatário. 

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