Crise do Corinthians ganha nova proporção e vira assunto no Fantástico, da Globo

Na noite deste domingo (23), o Fantástico exibiu uma matéria minuciosa sobre a quebra de contrato entre Corinthians e a Vai de Bet, ex-patrocinadora máster do clube. De modo geral, a reportagem exibiu como o esquema envolvendo uma “laranja” foi orquestrado, o que culminou com a saída de diversos dirigentes do Parque São Jorge.

O programa da Rede Globo detalhou todo o percurso que acabou com o maior patrocínio máster do futebol brasileiro. Dentre os citados na reportagem está o vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça. Segundo apurações do Fantástico, a polícia acredita que o dirigente contratou a empresa Vênus com a finalidade de encontrar os envolvidos no esquema de desvio de dinheiro.

Em resumo, Felipe Ferreira, proprietário da empresa Vênus, fechou acordo com Adriana Ramuno para ir à residência de Edna Oliveira dos Santos, em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo. O que despertou a atenção de tudo é que Augusto Melo, presidente do Corinthians, sequer se mobilizou para tentar reverter a situação. No entanto, o vice do Timão segue empenhado em descobrir toda a verdade.

“Não fui procurado pela reportagem do Fantástico. Respeito o trabalho jornalístico e sempre me coloquei à disposição de todos os profissionais da área. Sobre os fatos comentados na reportagem e citação a minha pessoa, aguardo a apuração da autoridade policial competente para saber o caminho do dinheiro que saiu do Corinthians. É esse o desejo da sociedade e principalmente dos corintianos”, afirmou o dirigente.

Omissão do mandatário do Corinthians

Convocado para prestar depoimento, Armando Mendonça abriu o jogo sobre a omissão praticada por Augusto Melo ao tomar conhecimento do ocorrido. De acordo com o vice-presidente, o mandatário foi avisado sobre a possibilidade de haver um mecanismo de laranja em meio à assinatura com a Vai de Bet. No entanto, o presidente optou por permanecer inerte diante da polêmica.

“Informei ao presidente (Augusto Melo) que a empresa intermediadora do nosso patrocinador havia recebido valores de (duas parcelas) de R$ 700 mil cada, em um total de R$ 1,4 milhão, em um intervalo de apenas três dias. Sugeri para o presidente que utilizasse boas práticas adotadas e iniciasse imediatamente procedimento interno de averiguação para demonstrar a lisura das investigações… Dito isso, ele preferiu não seguir com nenhuma das minhas sugestões”, relatou Mendonça.

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